11/05/23 - 3 min para ler
Com o objetivo de reforçar a transparência na gestão dos planos administrados pela Fundiágua, os Diretores Financeiro e de Seguridade apresentam os resultados dos investimentos do Plano I em 2022, os motivos do equacionamento realizado e as perspectivas das ações previstas para este ano.
Confira os destaques nos vídeos abaixo. Os resultados completos da Fundiágua podem ser acessados no Relatório Anual de Informações disponível aqui.
Rentabilidade dos Investimentos:
Historicamente, o Plano I (BD) apresentou resultados positivos no período de 2016-2019 devido à grande parte de seus recursos (+80%) estarem alocados em renda fixa, um segmento ligado diretamente às taxas de juros, que apresentaram uma acentuada redução no período e, por consequência, uma valorização dos investimentos em renda fixa. No entanto, em 2020 e 2021, ocorreu o efeito inverso e o aumento das taxas de juros afetou a rentabilidade da carteira, causando uma queda no desempenho dos investimentos.
Em 2022, apesar do aumento das taxas de juros, a atuação eficiente na gestão dos investimentos desde o final de 2021 permitiu que o desempenho do Plano I (BD) se aproximasse da meta atuarial. A estratégia adotada pela área de Investimentos da Fundiágua para evitar este impacto foi a aquisição de títulos públicos federais (NTN-B) com marcação na curva, a otimização da carteira de investimentos e a seleção dos melhores fundos de investimentos do mercado.
Esta estratégia está sendo executada para aumentar a rentabilidade do plano e superar a meta atuarial de forma recorrente.
"O foco da área de investimentos é atuar de forma ativa na gestão da carteira de investimentos, que já apresentou uma boa evolução desde o final de 2021, para gerar superávits recorrentes e evitar a ocorrência de novos equacionamentos".
Rodrigo Araújo, Diretor Financeiro.
O processo de gestão de investimentos da Fundiágua obedece a normas internas, legislação vigente, Política de Alçadas e Política de Investimentos, demonstrando a sua robustez, segurança, seriedade e atendimento às melhores práticas de mercado.
Equacionamento do Plano I (BD):
A necessidade de equacionar o Plano I deveu-se aos déficits gerados em 2017, 2018, 2019, 2021 e 2022, que acumularam um valor de 5,26 milhões em razão de eventos atuariais como: redução da taxa de juros, reajustes salariais, antecipação de aposentadorias devido ao programa de demissão voluntária da patrocinadora (PDV) e revisão da tábua de mortalidade.
"É importante ressaltar que a área de Seguridade faz acompanhamentos trimestrais e anuais das hipóteses atuariais, que passam por uma revisão completa a cada três anos".
Carlos Eduardo Romano, Diretor de Seguridade.
Qual a diferença entre marcação na curva e marcação a mercado?
São termos utilizados no mercado financeiro para indicar a forma de precificação de um instrumento financeiro pertencente a uma carteira de investimentos. Confira a diferença entre eles:
Marcação na curva
Marcação a mercado
Em resumo, o valor do título na marcação a mercado informa quanto valeria se fosse vendido ou comprado naquele instante de acordo com a oferta e a demanda e o valor do título na marcação na curva é crescente até o seu vencimento, conforme o gráfico abaixo:
Portanto, no caso do investidor que tem uma carteira de investimentos com a necessidade de recursos previamente definida, como no caso dos planos de benefício definido da Fundiágua, a decisão de ficar com o título até o seu vencimento é importante para não sofrer com as variações diárias dos valores dos títulos.
Autor(a): Juliana Pinheiro
Analista de Comunicação Pleno
Área Responsável: GECER | Gerência de Cadastro, Comunicação e Relacionamento
Editado por: Gerência de Cadastro, Comunicação e Relacionamento